O site Jalopnik, referência mundial em conteúdo para o automobilismo, publicou na última sexta um artigo de Aaron Gordon abordando a apresentação da Uber em sua IPO (oferta pública inicial de ações, quando a empresa manifesta a intenção de abrir seu capital para novos investidores).
O articulista aponta algo que já era alvo de desconfiança de muitos especialistas no tema, confirmado nos documentos apresentados na IPO: de que a Uber tem sim como alvo o transporte público de massa, sendo este um obstáculo ao crescimento de seu modelo de negócio – que, diga-se, já atingiu a marca de 1 bilhão de dólares em 2018 somente no Brasil, seu segundo maior mercado.
Até então, o posicionamento da Uber para o público é de ser uma alternativa aos gargalos existentes no transporte público, especialmente nos deslocamentos entre o transporte de massa e a residência ou trabalho de seus passageiros, bem como uma opção para que o transporte individual seja menos adotado.
Mas… um trecho do documento apresentado na IPO – documento público que demonstra as intenções da Uber a seus potenciais acionistas – deixa clara a intenção de que as viagens “ridesharing”, como o Uber Pool (no Brasil, denominado Uber Juntos) podem crescer ainda mais, fazendo frente ao transporte público a partir de iniciativas como o Uber BUS (lançado no final de 2018 em Cairo, no Egito) e Uber Express Pool (disponível nos Estados Unidos)
Acesse o artigo original da Jalopnik, em inglês, aqui. E a manifestação da Uber visando a oferta pública de suas ações, aqui, também em inglês.
E o que você, que atua no segmento do transporte público no Brasil, tem a ver com tudo isso?
Uma das táticas massivas adotadas pela Uber para angariar novos clientes é a da publicidade em serviços de roteirização. Nelas, a Uber indica uma estimativa de valor para o planejamento de uma rota entre dois pontos, levando este potencial cliente para seu aplicativo. Diversas grandes cidades brasileiras possuem suas informações do transporte público nestes serviços, como Google Maps e Moovit. Porém, outras várias cidades não estão presentes. A Uber e seu principal concorrente no Brasil, a 99, estão lá.
Marcando presença nestes serviços, sua operação estará ao alcance daqueles que utilizam os aplicativos referência para deslocamentos, permitindo um comparativo de tempo, distância e custos com outros modais – como o veículo próprio. Compartilhando suas informações operacionais nestes serviços, você também estará facilitando o acesso dos seus habituais clientes, e de potenciais novos usuários, a saber que ônibus ele precisa utilizar para ir de um ponto a outro; quanto tempo falta para que este ônibus chegue no ponto mais próximo de sua casa, ou ainda que custo este deslocamento terá.
A própria Uber, recentemente, adotou a estratégia de incorporar em seu aplicativo as informações dos modais de transporte público em determinadas cidades dos Estados Unidos, com o objetivo de mostrar ao usuário de seu aplicativo em que situações o transporte público é mais vantajoso do que o seu modelo de negócio. Nada impede que este mesmo modelo de negócio seja replicado no Brasil, considerando a importância deste em números para a Uber.
Mesmo que a sua escolha seja pelo aplicativo próprio, fidelizado com sua marca, a presença em serviços de roteirização como o Google Maps é vital para que seu negócio esteja ao alcance de seus clientes, sejam eles habituais ou novos em potencial. A Bus2 tem larga experiência neste segmento. É atualmente a maior integradora de informações do transporte público na América Latina, e vem acompanhando de longa data as melhores tendências em tecnologia de informação ao usuário do transporte público.
Entre em contato conosco, seja você um operador ou um órgão gestor de mobilidade urbana, e solicite uma apresentação de nossas soluções – aplicativos personalizados, integração com outros fornecedores e agilidade na atualização das informações estão entre as vantagens de ter a Bus2 aliada à sua operação.